Ela atravessa o quarto
e minhas crenças.
Aquela dançarina sabe como
envolver minha mente.
Do outro lado, seu passo nu a me convidar gentilmente.
Minha expressão ávida que tudo vê,
Diz sim sem perceber
Nessa dança em que a fagulha de fogo importa,
Essa bailarina de olhar profundo vem alterar minha rota
A dança cósmica é iniciada;
Faíscas escapam
das pupilas que dilatam,
A visão que contempla a beleza fugaz,
O desejo que arde de forma frenética,
tão perspicaz
Meu peito não arde e minha alma entende
Porquê essa carne que queima é tão surreal quando sente?
Meus dedos percorrem com urgência,
Viciados no prazer inestimável que é tocar sua essência
Estou certa que junto ao seu líquido emana algum tipo de magia
Pois minha boca salivando se perde e se encontra em tua pele macia
Te beber, te engolir,
arrancar-lhe os gemidos que ainda não pude ouvir
Imersa em sua carne entregue,
me alimentando de ti até que sua alma sossegue.
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