O chapeleiro maluco já não era mais tão maluco,
mas Alice insistia em caminhar nos escombros
do país das maravilhas.
Percebia os restos de tudo que havia deixado para trás
e agora as lembranças alimentavam a lucidez do presente.
O chapeleiro que antes maluco,
agora tão sábio e maduro orientava Alice
ao não regresso do que outrora havia levado a destruição daquele país
que nem se quer era das maravilhas.
Alice confusa não encontrava palavras que elaborassem um bom argumento para tamanha maturidade de
um maluco que havia sido também chapeleiro.
Ou era o contrário?
Alice nunca saberá,
o chapeleiro nunca dirá.
Alice agora caminha não mais saudosa do país de malucos,
mas saudosa do que poderia ter sido e não foi
naquele país que de tão real era também fictício.
Seguir adiante, chapeleiro carregado na memoria e
os escombros esquecidos no país das maravilhas
a história já havia de fato se acabado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário