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quinta-feira, 30 de maio de 2019

Sociedade Febril

Dá série "Anjos Caídos", 
me digam: quem nunca caiu? 
Todos caem! 
Todos caem?  

Com toda certeza, alguns não caem, simplesmente se lançam. 
Lançam-se na vida como se logo abaixo houvesse uma cama elástica imaginável que os mandariam de volta a superfície assim que a estrutura física tocasse o suposto fim da queda. 
A adrenalina liberada talvez seja o combustível para alguns. 

A adrenalina liberada talvez seja o motivo dos que se recusam arriscar, 
exigindo padrões de conduta que resguardem suas covardias, 
seus medos latentes do que se encontra para além das explicações lógicas. 
Como não se lançar em um mundo tão vasto de perfeições naturais e 
imperfeições humanas? 
Se jogar talvez seja nossa única salvação enquanto seres vivos na tentativa de permanecemos vivos. 
Vivos!
 Daquele tipo de vivo que o menor despertar se torna um despertar tão óbvio que se complexificam afim de que poucos tenham acesso a tamanha objetividade humana. 
Eu disse Subjetividade?
Essa objetividade que de tão subjetiva, esquadrinha o humano que simplesmente é, 
na tentativa vã de ensiná-lo a 'ser.' 
De novo! 
Como se o humano não tivesse vindo ao mundo sabendo "ser", 
como se em algum momento alguém sentisse a necessidade de receber o mérito da criação, essa criação limitada; 
criando o que na verdade intrínseca já havia sido criado para simplesmente ser. 
O que de novo tem nessa dança em que os humanos tentam descrever os humanos,
na tentativa vã de entender e definir o indefinível, 
enquanto pouco se sabe do real significado valorativo da nomeada humanidade? 
Que olhar lançar sobre essa sociedade fabril, 
que em seu estado febril andam lançando a margem o humano em si, 
problematizando os que não se encaixam em suas perversas etiquetas sociais?

Mayara Bragança



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